A TORRE


As construções medievais, cidadelas e castelos, em diferentes países da Europa e Oriente eram sempre reconhecidas por suas muralhas sempre com vários pontos mais altos ou elevados chamados de Torre. Dependendo da edificação poderia haver mais de uma preferencialmente uma em cada canto, e serviam primeiro como ponto de observação, por ser o lugar mais alto da construção, e sua função era para defesas ou ataques dos inimigos. Além de adorno, durante um grande período da historia principalmente nos castelos foram utilizadas como lugar de repressão e castigo, uma espécie de isolamento. Interessante observar que até nos contos de fadas se faz alusão às construções das torres e de sua utilização.

Nos atuais tempos, as modernas edificações também tem uma analogia comparativa com a ideia das antigas torres medievais. A população está cada vez mais saindo de seus vilarejos, vilas e casas da periferia, para modernos apartamentos em regiões mais centrais. Estas altas construções nada mais é que torres de proteção, onde a segurança também é resguardada por guaritas nas entradas e saídas dos modernos edifícios, portanto, podemos fazer uma analogia representativa e simbólica, imaginando que a torre como o edifício com a nossa casa de abrigo, proteção e defesa.
Porém, fazendo uma ponte com o Tarô, a torre nos remete a uma figura de imagem de uma construção sólida, segura, imponente. Ela contém vários significados tais como, lugar de refugio, de vigia, observação e confinamento, pode ter também o sentido de transformação, renovação, obsessão, ruptura, fim de um ciclo, dor, desespero dependendo da situação atual. Portanto, tudo isso podemos viver em nossa torre / casa também, na nossa moradia.

Ao observarmos a lamina, vemos uma torre atingida por um raio e duas figuras se despencando do seu alto, poderíamos dizer que uma parte de nosso eu, está sendo atingida, e, esse raio seria um instrumento de luz, de corte, de sinalização. No sentido figurado podem ser nossos sonhos desfeitos, acabados, ou uma destruição do passado das “aparentes” seguranças da zona de conforto, ou também uma ruptura e desintegração do Ego para um novo conhecimento uma nova vida, podendo ser um aprendizado ou uma renovação.

É isso que costuma acontecer em nossas casas; através das analises comprovadas por algumas escolas de Feng Shui, podemos ter aquela sensação que a casa está desmoronando, caindo literalmente, quebrando a nossa torre.


É também uma carta que pode indicar um processo que necessitamos passar para uma mudança profunda de paradigmas, e normalmente as nossas casas (residências) nos diz também no dia a dia. Ela atua em nós para fazer uma mudança exterior, nos levando a uma introspecção ao um mergulho interno e profundo, ou seja, poder nos levar a uma renovação de sonhos, objetivo, projetos e metas. Miguel Angel.

A CARTA DA CASA

Dias desses em um evento, onde participei como palestrante sobre harmonização de ambiente teve oportunidade de conhecer, e reencontrar clientes e amigos, e, nesses intervalos me deparei com uma participante ouvinte das palestras, e ela me falou um pouco de si e comentou que fazia leitura sobre oráculo cigano.

Por coincidência ou sincronicidade ela me mostrou a carta que estava em sua mão e que representava a figura de uma casa. No bate papo, ela me descreveu a lamina como uma representação ou significado no âmbito geral que seria nossa moradia, nossa família, o lugar de estudo e ainda como a representação de um templo. Explicou, também,  que em uma leitura ela tem vários significados dependendo de quem pede a leitura, por exemplo: pode ser sucesso dependendo da posição ela que ela estiver, ela pode representar nosso equilíbrio pessoal, solidez, confiança, às vezes doenças, etc.

Como consultor de harmonização de ambientes não pude deixar de fazer uma associação e comparação com essa abordagem dela, pois, quando analiso uma planta de um ambiente ou visito o local, tenho também uma leitura de como o/a cliente se encontra. Como está sua saúde, trabalho, família, e amigos, prosperidade, sentimentos, pois a casa, por si só já reflete como cada um nós moradores nos encontramos ou vivemos nesses ambientes.

Finalizando, achei essa abordagem pela participante ouvinte muito interessante e agregadora ao meu trabalho, pois estou sempre aberto a novos conhecimentos que enriqueçam meu trabalho.  Não quero dizer com isso que seja um trabalho apenas esotérico, mas, é agregador e que fez sentido para minhá análise. Miguel Angel